A TPA acompanha a evolução econômica de Angola, um dos países que mais crescem no mundo. A ex-colônia portuguesa tem referência cultural no Brasil e econômica na China. Sua televisão aberta possui poucos canais, sendo os mais importantes a TPA 1 (canal público generalista), a TPA 2 (canal público produzido por uma empresa privada) e a TV Zimbo (canal privado). Entretanto, as emissoras brasileiras são as de maior sucesso, entre elas a Record Internacional e a Globo Internacional.

Os estúdios da TPA ficam na área urbana de Luanda, em instalações apertadas e com equipamentos ultrapassados. Seguindo o exemplo do Projac da TV Globo, a TPA inaugurou recentemente seu centro de produção na localidade de Camama, na periferia da capital.

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Apesar do alto investimento financeiro na produção de programas, os equipamentos comprados há poucos anos não permitem um fluxo de trabalho digital. As câmeras de externa trabalham com a mídia XDCAM e as ilhas de edição são de novos Mac, porém o material editado é exportado para fitas Beta analógicas, com resolução padrão (formato SD). As câmeras de estúdio e o switcher dos novos estúdios de Camama também trabalham em SD (Figura 6).

Nas mídias sociais, a TV não investe no socialcast devido à baixa disponibilidade de internet no país. Até mesmo programas voltados para adolescentes, como o Jovemania, tem pouca interação no Facebook. Cabe aos próprios telespectadores publicarem no YouTube os vídeos dos programas.

A TPA também não possui em seu site uma transmissão online de sua programação, nem mesmo da TPA Internacional.

 

Arthur William Cardoso Santos
Arthur William Cardoso Santos

Arthur William Santos é mestre em Educação, Cultura e Comunicação (UERJ), pós-graduado no MBA de TV Digital, Radiodifusão e Novas Mídias de Comunicação Eletrônica (UFF), graduado em Comunicação Social / Jornalismo (PUC-Rio) e técnico em eletrônica (CEFET-RJ). Foi gerente executivo de Produção, Aquisição e Parcerias na EBC, além de gerenciar o setor de Criação de Conteúdos e coordenar as Redes Sociais da TV Brasil. Liderou também a área de Inovação/Novos Negócios na TV Escola. Atuou ainda na criação do Canal Educação e do Canal LIBRAS para o Ministério da Educação (MEC). Fez cursos presenciais em Harvard e Stanford sobre Inovação na Educação. Deu aulas em cursos de graduação e pós-graduação nas universidades UniCarioca, Unigranrio, FACHA, INFNET e CEFOJOR (Angola). É membro da SET (Sociedade de Engenharia de Televisão).

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