Organizações Globo: saiba quais empresas do Grupo Globo

Organizações Globo: saiba quais empresas do Grupo Globo

TV Globo, Globosat, Som Livre, Globo.com, O Globo, Jornal Extra, Rádio Globo… são muitos os braços do mais importante grupo de mídia do Brasil: as Organizações Globo, agora conhecida como ‘Grupo Globo’. Muito se fala sobre as empresas da Família Marinho, mas há poucos mapeamentos confiáveis disponíveis para pesquisadores e estudantes.

O professor Gustavo Gindre montou um infográfico mostrando todas as empresas da Globo. É importante frisar que a imagem lista apenas as empresas e não os veículos. A InfoGlobo, por exemplo, reúne os jornais O Globo, Extra e Expresso. Já a Globosat junta Multishow, SporTV, Viva, Gloog, entre outros canais de TV por assinatura.

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Organizações Globo Participações (Grupo Globo): Holding pertencente aos três filhos de Roberto Marinho e a seus descendentes diretos (filhos e netos). Controla 100% da Globopar, da Infopar e do Sistema Globo de Rádio

1 Globo Comunicação e Participações (Globopar)

1.1 Globosat: canais GNT, Globo News, Multishow, Globosat+, SporTV 1, SporTV 2, SporTV 3, BIS, Viva, Off, Gloob, Megapix, Premiere Futebol Clube, Combat e Big Brother

1.1.1 Telecine: parceria entre Globosat (50%) e quatro estúdios norte-americanos: Fox (12,5%), Paramount (12,5%), Universal (12,5%) e MGM (12,5%). Possui, também, os direitos de exibição premium da Disney no Bras É formada pelos canais Premium, Action, Touch, Fun, Pipoca e Cult

1.1.2 Playboy Brasil Entretenimento: parceria entre a Globsat (60%) e Playboy (40%) nos canais Sexy Hot, For Man, Venus, Playboy TV, Private e Sextreme

1.1.3 Canal Brasil: parceria da Globosat (50%) com os cineastas Luiz Carlos Barreto, Zelito Vianna, Marco Altberg, Roberto Farias, Anibal Massaini Neto, Patrick Siaretta, André Saddy e Paulo Mendonça.

1.1.4 NBC Universal Brasil: parceria da Globosat (47,5%) com a Comcast NBC Universal (52,5%) nos canais Universal Channel, Studio Universal e Syfy

1.2 Horizonte: opera os serviços de TV everywhere (Globosat Play, Telecine Play, Premiere Play e Combat Play), de subscription VoD (Philos) e de rental VoD (Telecine On).

1.3 G2C: empresa responsável pela comercialização dos canais da Globosat, dos canais desta em parceria com terceiros e dos serviços da Horizonte

1.4 TV Globo: cinco emissoras próprias (Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Brasília) e uma rede de afiliadas.

1.5 Editora Globo: livros e revistas

1.6 Edições Globo Condé Nast: parceria entre a Editora Globo (70%) e a Condé Nast (30%) para publicação de revistas como a Vogue

1.7 Globo.com

1.8 Som Livre

1.9 Globo Filmes

1.10 Globo Marcas: licenciadora das marcas da Globo para a confecção de produtos por terceiros.

1.11 Endemol Globo: licenciadora de formatos para programas e realitty shows, em parceria com a Endemol (50%).

1.12 Sky: parceria entre Globopar (7%) e DirecTV (93%) na operadora de TV paga via satélite Sky Brasil. A DirecTV foi comprada pela AT&T.

2 Infopar Participações

2.1 Infoglobo: jornais O Globo, Extra e Expresso e seus respectivos sites. Agência de notícias O Globo. Parque gráfica de Duque de Caxias

2.1.1 ZAP: portal de venda de imóveis

2.2 Valor Econômico: parceria entre Infopar (50%) e Folha de São Paulo (50%)

3 Sistema Globo de Rádio: Rádio Globo Rio de Janeiro, Rádio Globo São Paulo, Rádio Globo Belo Horizonte, Rádio Globo Brasília CBN Rio de Janeiro, CBN São Paulo, CBN Belo Horizonte, CBN Brasília BH FM Rádio Beat (apenas pela Internet) Um conjunto de afiliadas

Fonte: Blog do Gindre.

Há um outro infográfico de 2008 (já desatualizado) que mistura empresas, veículos e serviços do Grupo Globo.

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Saiba mais em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Grupo_Globo

Streaming: como transmitir ao vivo pela internet

Streaming: como transmitir ao vivo pela internet

twitcasting streaming transmissao ao vivoTwitcasting, Hangout, Ustream, Twitcam, Livestream, Bambuser… são muitas as possibilidades de transmissão ao vivo pela internet. Cada solução de streaming é mais apropriada para uma ocasião específica. Vou explicar um pouco melhor cada uma delas.

Twitcasting

  • Melhor para: atividade de rua como protestos, eventos não planejados (pode transmitir do próprio celular).
  • Indicações: transmitir ao vivo a negociação entre a representação patronal e uma comissão após passeata (ajuda a manter a mobilização e a viralizar a ação) ou protesto.
  • Benefícios: leve (com qualquer 3G é possível trasmitir) e interativa (possui chat com comentário de Facebook e Twitter).
  • Pontos negativos: baixa qualidade de vídeo e som ruim no celular (por conta do microfone ambiente e direcionado para quem segura o smartphone).

Hangout

  • Melhor para: eventos planejados (com internet banda larga fixa) e debates a distância (com participantes em cidades diferentes).
  • Indicações: transmissão de assembleias, debate com convidados cada um em sua casa (ideal para sindicatos estaduais e nacionais) e oficinas práticas.
  • Benefícios: alta definição de vídeo (HD), muda de câmera automaticamente para quem estiver falando, permite mudar de câmera manualmente, é possível compartilhar a tela (ideal para oficinas e tutoriais), já salva a transmissão no YouTube, quem chegar atrasado pode voltar a transmissão para o início e ajusta a qualidade automaticamente de acordo com a velocidade da internet.
  • Pontos negativos: pesado (requer uma internet no mínimo boa), só transmite até 8 horas seguidas (para um evento de um dia inteiro é preciso abrir um novo hangout) e transmissão é fechada se internet cair (será preciso abrir novo hangout).

Ustream

  • Melhor para: transmitir durante vários dias.
  • Indicações: Web TVs, Web Rádios e congressos de vários dias.
  • Benefícios: permite escolher a qualidade de transmissão, possui canal único (sem necessidade de abrir várias transmissões), transmite da câmera Sony Action Cam e a versão paga oferece diversos benefícios (pode ser paga apenas durante o mês de um evento específico).
  • Pontos negativos: publicidade frequente (vídeo é interrompido para exibição de uma anúncio de 30 segundos) que pode ser de empresa que combate os movimentos sociais (agronegócio é mais comum), há limite para vídeos gravados no plano gratuito e é pesado para uso no celular.

Livestream

  • Melhor para: transmitir durante vários dias.
  • Indicações: Web TVs e congressos de vários dias.
  • Benefícios: permite escolher a qualidade de transmissão, possui canal único (sem necessidade de abrir várias transmissões), transmite da câmera GoPro e a versão paga oferece diversos benefícios (pode ser paga apenas durante o mês de um evento específico).
  • Pontos negativos: há limite para vídeos gravados no plano gratuito e é pesado para uso com internet lenta e no celular.

Dissonante

  • Melhor para: transmissão de áudio (apenas) ao vivo.
  • Indicações: montar web rádio e transmitir evento só em áudio (ideal para quem estiver no trânsito).
  • Benefícios: leve (pode ser acessado por internets muito lentas) e está na rede de internet da UnB (Universidade de Brasília).
  • Pontos negativos: um pouco mais difícil de configurar (mas ao realizar o cadastro, você recebe um pequeno tutorial) e não possui aplicativo para celular.

Twitcam

  • Melhor para: entrevista coletiva (seguidores do Twitter enviam perguntas pelo chat).
  • Indicações: entrevista coletiva de alguma pessoa com boa popularidade.
  • Benefícios: mais simples de transmitir e tem interatividade com o Twitter.
  • Pontos negativos: bloqueado em muitos locais de trabalhos e ficou defasado tecnologicamente.

Bambuser

  • Melhor para: transmissão de eventos curtos.
  • Indicações: assembleias e cursos de um turno.
  • Benefícios: é possível ajustar a quantidade de frames por segundo e possui planos pagos (com mais opções e qualidade).
  • Pontos negativos: é preciso abrir uma nova transmissão toda vez que a internet cai (gerando links diferentes) e é pouco usado no Brasil (difícil encontrar dicas em fóruns na língua portuguesa).
​Jornal, rádio, TV ou Internet: o que priorizar?

​Jornal, rádio, TV ou Internet: o que priorizar?

pesquisa midia 2014 secomA Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República) divulgou este ano uma pesquisa que avalia o consumo de mídia pelos brasileiros. O objetivo é planejar melhor a destinação das verbas publicitárias do Governo Federal.

São indicadores importantes para quem faz comunicação. Os dados mostram uma queda muito grande na leitura de impressos, principalmente de revistas. Os jornais, contudo, mostram um fôlego nos estados onde há circulação de edições populares e com linguagem mais objetiva como Metro, Destak, além de Meia Hora (Rio) e Agora São Paulo.

Isso acontece porque, apesar da queda dos tradicionais O Globo, Estadão e Folha, o acesso das classes C, D e E à educação criou um novo público leitor. Tal informação mostra que o jornal ainda é um meio de comunicação importante principalmente para o contato com a periferia das grandes cidades.

Por outro lado, a linguagem desses jornais é bem diferente da praticada por movimentos sociais. Os textos são curtos e objetivos com destaque para ilustrações e fotos.

TV e rádio lideram. Internet vem atrás

Apesar de toda presença da internet em nossas vidas, TV e rádio ainda (e digo ‘ainda’ porque mudará em breve) são os principais meios de acesso à informação da maioria dos brasileiros. De tal maneira que um movimento social não pode ignorar esses veículos e jogas todas suas fichas na internet (e vice-versa).

Planejamento de mídia é fundamental

Saber como seu público-alvo lida com as diversas mídias é essencial para fazer uma comunicação exitosa. Realizar uma pesquisa como a do Governo Federal com sua categoria é mais simples do que imagina. É possível contratar um instituto de pesquisa ou fazer uma parceria com alguma universidade que possua curso de Geografia ou Estatistica.

Com base nessas informações, será possível planejar em quais mídias atuará e com qual energia (tempo e dinheiro) em cada uma.

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​Game como ferramenta de luta

​Game como ferramenta de luta

rally da kennedyJogos eletrônicos estão presentes na vida de todas as pessoas. Não é coisa só de nerd não! Quem aqui, cansado do trabalho, já não abriu a Paciência no computador, jogos no Facebook ou um game no celular?!

Game é uma ferramenta lúdica para comunicação de temas áridos e que necessitam de apoio popular. Através dele, podemos demostrar uma situação com a qual todos se identificam causando solidariedade à causa do movimento social.

Uma categoria dos bancários, por exemplo, pode criar um jogo para denunciar o trabalho repetitivo de uma operador de caixa. Já os professores podem desenvolver algo que mostre a dificuldade de educar com uma sala de aula lotada.

Muitas ideias são possíveis. Para dar asas à imaginação, o sindicato deve procurar uma empresa especializada em games. Há muitas por aí, desde as mais complexas até as mais simples, inclusive algumas incubadas em universidades públicas e particulares.

Exemplo prático: Rally da Kennedy

Av Presidente Kennedy é a maior de Duque de Caxias e vive cheia de buracos. Prefeitura joga a culpa para o Governo do Estado que devolve para o prefeito. Poderíamos fazer uma grande reportagem com fotos, vídeos e texto para denunciar a situação, porém moradores de outras cidade não teriam interesse por esse tema que não os afeta.

Transformar o protesto em game ajudou a dar visibilidade à mobilização e ganhar o apoio de mais pessoas. O simples fato de ser um jogo eletrônico já cativou milhares de pessoas, dando visibilidade ao assunto tratado (buracos) e pressionando as autoridades a resolverem o problema, que, como retrata do game, colocava em risco a população, já que os buracos obrigavam os ônibus a trafegar na contra-mão.

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Gamificação dos protestos: repressão e desafios

Gamificação dos protestos: repressão e desafios

choque policia pm junho 2013 rio protesto prefeituraGrande parte dos presentes às recentes manifestações são da geração Y, composta por nascidos pós 1980, considerados “nativos digitais”. Essa geração cresceu com os jogos eletrônicos, que lhes impunham desafios a serem superados. Há aí então uma percepção de que a estratégia do governo de aumento da repressão policial na verdade intensifica a mobilização social, isso porque trata-se de uma gamificação dos protestos. Quanto maior o desafio, mais instigados ficam os manifestantes, que bolam estratégias para vencer o grande adversário. Tal ponto de vista explica a elevação da mobilização após a repressão das forças policiais. A cada “fase”, os manifestantes encontram desafios mais difíceis e se aperfeiçoam para superá-los.

O compartilhamento de estratégias de ativismo é uma das consequências desse fenômeno, já que, além de superar os desafios, percebe-se a intenção de “vencer juntos o jogo”, assim como nos sites que divulgam tácticas para games. A mídia também adota um postura gamificada na medida em que atua em primeira pessoa e com a mesma postura que um manifestante. A chamada mídia NINJA trabalha com o mesmo ponto de vista que os presentes no protesto. Além disso, na oposição manifestantes x policiais, os comunicadores populares ficam juntos dos primeiros, já que possuam mais proximidade ideológica com os mesmos.

De outro lado, a imprensa comercial acompanha os fatos do alto de prédios e de helicópteros, sem conseguir mostrar os fatos com exatidão. Quando assumem uma ação no solo, acabam ficando do lado dos policiais, até mesmo por conta das frequentes agressões de jornalistas por parte de manifestantes. Espacialmente, a mídia livre e a mídia corporativa se opõem. A cobertura das mesmas segue linha idêntica.

O acontecimento que traduz melhor essa dinâmica foi a prisão de Bruno Ferreira Teles durante a visita do Papa Francisco ao Rio de Janeiro em julho de 2013. Bruno foi levado para a delegacia acusado de jogar coquetel molotov em policiais que faziam a segurança do Palácio Guanabara. A imprensa ouviu apenas a voz da Polícia Militar que dizia ainda ter apreendido com o jovem uma mochila cheia de artefatos incendiários.

Após a negativa de sua soltura por parte do Tribunal de Justiça, começou uma campanha nas redes sociais para provar a inocência de Bruno Ferreira Teles. Em menos de 48 horas, dezenas de vídeos e fotos foram publicados mostrando que tratava-se da prisão de um inocente. Após essa mobilização, as TVs abertas passaram a divulgar o material produzido pelas mídias livres pressionando o Governo do Estado a soltar Bruno e arquivar seu processo. Todo o processo mostrou a força da organização em rede, o que podemos definir como a luta entre as forças de controle e da vida.

Na mesma ocasião, houve a comprovação do caráter rizomático da mídia livre em sua organização em rede distribuída. Isso porque ao se prender um dos midiativistas que faziam a cobertura da manifestação, outro imediatamente o substituía. Esse fenômeno é bem diferente da rede centralizada implementada pela TV Globo, na qual distribui seus conteúdos para centenas de emissoras afiliadas em todo o Brasil. Como no país cada empresa só pode ser dona de 5 geradoras, a Globo só possui antenas em Recife, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo. As outras integrantes da rede apenas repetem o sinal, numa redação de extrema dependência.

A configuração de redes descentralizadas também ajudou na ação dos midiativistas. Quando a ferramenta Twitcasting saiu do ar, migraram as transmissões para outro sistema sem deixar a comunicação ser interrompida. Essa dinâmica é a mesma da internet, onde quando um servidor cai, outro o suporta a conexão. Há de se atentar porém para o fato de existirem redes centralizadas entre os midiativistas. Tal característica é mais comum entre os veículos de comunicação alternativa que surgiram antes de 2013. O Jornal A Nova Democracia e a revista Vírus Planetário possuem quadro fixo de jornalistas. Quando um dos comunicadores é detido pela polícia, a cobertura fica prejudicada. Situação similar ocorre com a Mídia NINJA ao centralizar sua coordenação no grupo Fora do Eixo. Acabam atuando como ‘autoridade’ e não como ‘hub’. Autoridades são veículos com o propósito de difundir informação, falando mais e interagindo pouco. Já os ‘hubs’ fazem circular informações produzidas por parceiros. A postura de autoridade é exercida por portais currais como G1, Estadão, além da Mídia NINJA no período inicial. A participação de um Hub permite a intensa troca entre os nós criando uma comunidade de mídiativismo com múltiplas conexões e formatos.

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