Quadro de tarefas do Scrum - Kanban

Quadro de tarefas do Scrum

Scrum é um método de gerenciamento de projetos muito usado atualmente pela TI de diversas empresas para o desenvolvimento de softwares, mas que tem um recente crescimento em áreas como Web Design e Marketing Digital (mídias sociais).

A metodologia ágil Scrum atua no sentido de aumentar o ROI (retorno sobre investimento ou relação custo-benefício) de um projeto. Através dele, é possível dividir as etapas de construção de um Web Site, por exemplo, priorizando as entregas de acordo com o valor agregado que a parte finalizada trará ao cliente, elevando sua satisfação.

Nos métodos gerenciais tradicionais como o PMBOK/PMI, o escopo (conjunto de funcionalidades do produto) é fechado, muitas vezes pela força de um contrato. A flexibilidade fica com a qualidade (mais rápido = pior qualidade e mais bugs), custo (mudança no projeto = preço mais caro) e prazo (novas funções = adiamentos e atrasos constantes).

Já no Scrum, o escopo é flexível, pois parte-se da ideia de que o cliente não é capaz de definir tudo o que deseja antes de começar a usar um software ou site. Ao final de uma sprint (trabalho que dura de 1 a 4 semanas) é entregue uma parte de um portal, por exemplo. Isto permite que o cliente dê um melhor feedback para os deselvolvedores, que, por sua vez podem entregar as funcionalidades que mais vão agregar valor ao projeto.

No final, muitas das funções pensadas inicialmente não serão implementadas, porque ao longo do projeto foram preteridas, perdendo importância. Outras surgirão e serão priorizadas, pois, no momento, incrementam mais o ROI. Desde o início de um projeto, o cliente já recebe partes do produto, que vai sofrendo um processo de melhoria contínua ao longo das sprints.

Do início ao fim, o que se vê é software, produto concreto, e não papel, levantamento de requisitos, burocracia. Esta é a filosofia do Manifesto Ágil.

Equipe multidisciplinar e  auto-organizada

A equipe de um projeto Scrum deve ser composta por um grupo multidisciplinar de profissionais, que, a partir da troca de experiências e conhecimentos, podem crescer juntos com o desenvolvimento do produto.

Cabe ao Scrum Master ajudar a equipe a trabalhar. Ele não é o chefe tradicional, que dá ordens, manda e delega tarefas. O Scrum Master organiza as reuniões de planejamento (Sprint Planning) e revisão (retrospective e Sprint review), além do feedback diário (stand-up daily meeting). O próprio time distribui as tarefas e escolhe a maneira de executá-la (pair programming ou individualmente).

Já o Product Owner (dono do produto) é a figura responsável por aprovar ou rejeitar as entregas de partes de um site ao final de uma sprint. O PO quebra o projeto em histórias (stories ou épicos) e as prioriza, de acordo com a visão do negócio em que está inserido o projeto. E o Scrum Master, junto com a equipe, divide uma história em tarefas. Tudo para elevar o valor agregado do produto (website, aplicativo mobile ou software).

Ainda vou falar muito de métodos ágeis de gerenciamento de projetos como XP (eXtreme Programming), Scrum e Kanban. Termino aqui com a lista dos quatro pilares do Manifesto Ágil:

  • Indivíduos e interação entre eles mais que processos e ferramentas
  • Software em funcionamento mais que documentação abrangente
  • Colaboração com o cliente mais que negociação de contratos
  • Responder a mudanças mais que seguir um plano
Arthur William Cardoso Santos
Arthur William Cardoso Santos

Arthur William Santos é mestre em Educação, Cultura e Comunicação (UERJ), pós-graduado no MBA de TV Digital, Radiodifusão e Novas Mídias de Comunicação Eletrônica (UFF), graduado em Comunicação Social / Jornalismo (PUC-Rio) e técnico em eletrônica (CEFET-RJ). Foi gerente executivo de Produção, Aquisição e Parcerias na EBC, além de gerenciar o setor de Criação de Conteúdos e coordenar as Redes Sociais da TV Brasil. Liderou também a área de Inovação/Novos Negócios na TV Escola. Atuou ainda na criação do Canal Educação e do Canal LIBRAS para o Ministério da Educação (MEC). Fez cursos presenciais em Harvard e Stanford sobre Inovação na Educação. Deu aulas em cursos de graduação e pós-graduação nas universidades UniCarioca, Unigranrio, FACHA, INFNET e CEFOJOR (Angola). É membro da SET (Sociedade de Engenharia de Televisão).

Share This